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Dengue tipo 3 ressurge no Brasil e preocupa especialistas

 

Há mais de 15 anos este sorotipo não provoca epidemias no país. De janeiro a abril, casos de dengue aumentaram 30%.

Fonte de reprodução o Globo 


O ressurgimento do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil acendeu o sinal de alerta de especialistas sobre o risco de uma nova epidemia da doença causada por esse subtipo viral. Há mais de 15 anos, o tipo 3 não causa epidemias no país.

Um estudo da Fiocruz, coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), apresenta a caracterização genética dos vírus referentes a quatro casos da infecção registrados este ano, em Roraima, na região Norte, e no Paraná, no Sul do país. A circulação de um sorotipo há tanto tempo ausente preocupa os especialistas.

"Nesse estudo, fizemos a caracterização genética dos casos de infecção pelo sorotipo 3 do vírus dengue. É um indicativo de que poderemos voltar a ter, talvez não agora, mas nos próximos meses ou anos, epidemias causadas por esse sorotipo", explicou o virologista Felipe Naveca, chefe do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes e Negligenciados da Fiocruz Amazônia e pesquisador do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC/Fiocruz, à agência Fiocruz. Ele atua como referência regional para dengue, febre amarela, chikungunya, zika e vírus do Nilo ocidental.

Com o objetivo de compartilhar rapidamente as informações, os resultados da análise foram divulgados em artigo preprint na plataforma medRxiv (sem revisão por pares).

Segundo Naveca, as análises indicam que a linhagem detectada foi introduzida nas Américas a partir da Ásia, no período entre 2018 e 2020, provavelmente no Caribe. "A linhagem que detectamos do sorotipo 3 não é a mesma que já circulou nas Américas e causou epidemias no Brasil no começo dos anos 2000. Nossos resultados mostraram que houve uma nova introdução do genótipo III do sorotipo 3 do vírus da dengue nas Américas, proveniente da Ásia. Essa linhagem está circulando na América Central e recentemente também infectou pessoas nos Estados Unidos. Agora, identificamos que chegou ao Brasil", relatou o pesquisador.

A pesquisa contou com a parceria dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) de Roraima e do Paraná, além da participação de especialistas de diversas instituições de pesquisa.

Dos quatro casos analisados, três são referentes a casos autóctones de Roraima, ou seja, correspondem a pacientes que se infectaram no estado e não tinham histórico de viagem. Já o caso no Paraná foi importado, diagnosticado em uma pessoa vinda do Suriname. Os casos foram inicialmente identificados pelos Lacens de Roraima e Paraná, respectivamente.

"Como se trata do sorotipo 3, foi importante fazermos essa análise junto aos Lacens e várias outras instituições de pesquisa que assinam esse resultado, entre as quais o Instituto Evandro Chagas no Pará, referência nacional para arboviroses, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) - unidade Porto Rico e o departamento de saúde do estado da Flórida. Foram as equipes do CDC de Porto Rico, e do departamento de saúde da Flórida, que identificaram os casos vindos de Cuba e nos EUA. Assim, esse é um alerta válido não só para o Brasil, mas para toda a região das Américas. Tendo em vista estarmos vivendo um grande número de casos de arboviroses esse ano no Brasil, a detecção de um novo sorotipo do vírus da dengue não é uma boa notícia", alertou.

O vírus da dengue possui quatro sorotipos. A infecção por um deles gera imunidade contra o mesmo sorotipo, mas é possível contrair dengue novamente se houver contato com um sorotipo diferente. O risco de uma epidemia com o retorno do sorotipo 3 ocorre por causa da baixa imunidade da população, uma vez que poucas pessoas contraíram esse vírus desde as últimas epidemias registradas no começo dos anos 2000. Existe ainda o perigo da dengue grave, que ocorre com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente, por outro sorotipo.

Casos de dengue crescem 30%

O número de casos prováveis de dengue entre janeiro e abril no país é 30% maior do que o registrado durante o mesmo período no último ano, segundo o Ministério da Saúde. De 690,8 mil em 2022, o vírus somou 899,5 mil ocorrências nos quatro primeiros meses de 2023.

A pasta cita a variação climática e aumento das chuvas, o maior número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipos do vírus como alguns dos fatores para o crescimento. Nos últimos meses, a doença avançou para Paraná e Santa Catarina, estados que antes apresentavam baixa incidência.

Outros estados com alta incidência são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Acre e Rondônia.

Nova vacina contra dengue no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no começo de março deste ano, o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue. O imunizante Qdenga da empresa Takeda Pharma é composto por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, conferindo assim uma ampla proteção para quem teve ou não a enfermidade.

Essa é a segunda vacina contra a dengue aprovada no Brasil. A primeira — Dengvaxia, da Sanofi — está disponível apenas em clínicas privadas, é indicada somente para evitar reinfecções, que costumam ser mais graves, e tem o público-alvo restrito — apenas pessoas de 9 a 45 anos que já foram contaminadas anteriormente. Por isso, não é a principal estratégia de combate ao vírus.

O novo imunizante pode ser aplicado em crianças acima de 4 anos, adolescentes e adultos até 60 anos de idade, inclusive aqueles que nunca foram infectados. Seu esquema de aplicação será com duas doses e intervalo de 3 meses entre elas. A administração é subcutânea.

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