“Com esse tipo de adubação, repõe-se matéria orgânica e nutrientes aos solos"

Como uma das metas do atual governo é a recuperação de 40 milhões de hectares de pastos degradados, esse assunto acabou virando pauta dos pesquisadores e especialistas. De acordo com Fernando Carvalho Oliveira, engenheiro agrônomo e responsável técnico pelos fertilizantes orgânicos da Tera Nutrição Vegetal, lembra que, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), existem 3 processos para isso.

A reconstituição direta, que consiste no controle de plantas daninhas com herbicidas e fertilização do solo com adubos; a fertilização e replantio, com mudança ou não da espécie vegetal; e a renovação indireta, na qual a criação de gado passa a ser revesada com uma cultura agrícola e/ou florestal.

Para Thiago Assis Rodrigues Nogueira, professor da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Campus de Jaboticabal da Unesp, essas técnicas podem reduzir o uso de fertilizantes caros. Além disso, quando há a utilização de resíduos industriais, agropecuários, de plantas e de esgotos como fonte para a produção de um fertilizante, dá-se uma destinação útil e rentável a materiais que seriam um passivo ambiental.

“Com esse tipo de adubação, repõe-se matéria orgânica e nutrientes aos solos, promovendo melhora na condição química, física e biológica. Além disso, trata-se de matéria-prima local ou regional, gerando economia nas importações, no transporte e na logística”.

O professor reforça ainda que o cultivo das pastagens ou das espécies forrageiras é altamente dependente de fertilização, seja ela orgânica ou mineral. “Há necessidade anual de reposição de alguns nutrientes. Com isso, a adubação orgânica pode complementar ou substituir parcialmente a mineral, fornecendo nutrientes e ajudando a recuperar pastos degradados”.

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