Armarinhos Eliane

Armarinhos Eliane

Paciente de Ribeirão Preto é o primeiro com câncer metastático a fazer autotransplante de pulmão no Brasil

 

Cirurgia foi feita no Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo (SP). Recuperação levou 12 dias e surpreendeu equipe médica.



Um paciente de Ribeirão Preto (SP) com câncer metastático foi o primeiro caso do Brasil a passar por um autotransplante de pulmão. O procedimento aconteceu recentemente, no Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo (SP). O homem não teve idade ou identidade reveladas pela instituição.

Até agora, três pessoas no país passaram por esse tipo de procedimento, onde o pulmão é retirado do paciente para remoção do tumor e, posteriormente, recolocado. Mas apenas o paciente de Ribeirão enfrentava uma metástase, que é quando o câncer se espalha pelo organismo. Ele se recuperou em menos de duas semanas.

“O risco de rejeição não existe, uma vez que o órgão reimplantado é do próprio paciente”, explica Marcos Samano, cirurgião torácico do Hospital São Luiz Itaim e responsável pelo procedimento.

Segundo o médico, o caso deste paciente, especificamente, impressiona. Em 2013, ele teve diagnóstico de sarcoma sinovial na perna esquerda, fez quimioterapia e radioterapia e depois cirurgia na perna.

“Alguns anos depois, apareceram lesões nos pulmões. Foram realizadas duas cirurgias e duas ablações por radiofrequência, mas uma lesão à direita cresceu e acometeu quase o pulmão direito todo”, diz Samano.

O homem foi submetido ao autotransplante e se recuperou em 12 dias, fato que também surpreendeu a equipe médico responsável pelo tratamento.

Isso porque os outros dois pacientes que passaram pelo mesmo procedimento levaram 30 dias para recuperação total e nem estavam em metástase.

“Muito embora o paciente fosse jovem e atleta, o que facilita muito nosso trabalho, a capacidade de recuperação e vontade de voltar a trabalhar surpreendeu toda a equipe. Como os outros ficaram 30 dias internados, achamos que iria ficar ao menos uns 15 dias”.

Como é a cirurgia

A cirurgia, explica Samano, começa com a remoção do pulmão inteiro, após abertura do diafragma.

“Em todos os casos, tentamos remover o tumor sem a retirada do pulmão, um procedimento conhecido como dupla plastia (artéria pulmonar e brônquio). Na cirurgia de bancada, removemos o tumor com calma e segurança. Uma vez que o órgão restante esteja preparado, reimplantamos as estruturas (brônquio, artéria e veia pulmonar)”.

Ainda segundo o médico, esse tipo de cirurgia se limita aos casos onde o tumor é considerado irressecável ou o paciente é considerado inoperável.

“Inoperável é quando o paciente não tolera a operação indicada, por exemplo, precisa tirar o pulmão inteiro, mas não conseguiria sobreviver. Irressecável é quando não é possível remover o tumor. O autotransplante permite um olhar além do convencional para oferecer uma possibilidade de tratamento local completo e radical”.

Esse tipo de cirurgia não oferece risco de rejeição, uma vez que o pulmão reimplantado é do próprio paciente. No entanto, como qualquer cirurgia de grande porte, é preciso atenção por conta de sangramentos e complicações pós-operatórias, como infecções ou embolia pulmonar aguda.

O procedimento durou cerca de dez horas e Samano avalia como bem-sucedido, pois, além da rápida recuperação, não são necessárias outras cirurgias. O pulmão funciona 100%.

“Como a ressecção foi completa com margens cirúrgicas, o paciente fará somente uma complementação com imunoterapia. Não existe nenhuma outra cirurgia programada para o paciente e o seguimento dele é por toda a vida”.

O autotransplante, diz Samano, não precisa ser regulado, pois não envolve doação de órgãos.

Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para o Blog do Fabio Moreti pelo WhatsApp (43) 99673- 6639 

0 comments:

Postar um comentário

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Serralheria Moreti

Serralheria Moreti
Barracão

Disk Frete

Disk Frete
De Grandes Rios

Pesquisa no blog

Foto Globo

Foto Globo

Drogamais

Drogamais

Publicidade

Publicidade

Farma Rios

Farma Rios

Postagens mais visitadas