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Gêmeas siamesas de 13 anos falam sobre rotina e possível 'separação': 'Somos felizes assim'

 

Yara e Yasmim, de 13 anos, nasceram unidas pelo tronco. Irmãs moram em São Roque (SP) e contaram ao g1 como é a rotina de estudos, lazer e vida familiar.


Yasmim e Yara, de 13 anos, são unidas pelo tronco. As meninas moram com o pai, a mãe e o irmão mais novo em São Roque (SP). — Foto: Arquivo Pessoal


Os sorrisos contagiantes que Yara Santos de Jesus Pinheiro e Yasmim Santos de Jesus Pinheiro exibem já mostram a forma positiva que elas têm de enfrentar as dificuldades da vida. 



As duas são gêmeas siamesas unidas pelo tronco. As irmãs têm 13 anos, e moram em São Roque com o irmão mais novo, João Miguel, de cinco anos, com o pai, Leandro de Jesus Pinheiro, 36 anos, e com a mãe, Jéssica Santos de Jesus Pinheiro, de 32 anos.

Yara e Yasmin explicam que possuem duas pernas, sendo que cada uma delas é coordenada por uma irmã. Apesar disso, ambas possuem os próprios braços, corações e estômagos. E, apesar de encontrarem algumas limitações no dia a dia, as meninas conseguem realizar diversas atividades sem precisar da ajuda dos pais.

"A gente vive bem. Somos felizes como qualquer outra menina da nossa idade. Fazemos tudo sozinhas, como pentear o cabelo e tomar banho", explica Yara.

A mãe das meninas contou que descobriu sobre a má formação das filhas com cinco semanas de gestação. As irmãs nasceram em Sorocaba e com três dias de vida foram transferidas para o Instituto da criança em São Paulo.

"Lá, os médicos estudaram o caso e disseram que havia a possibilidade de separação, mas as duas não sobreviveriam, pois a Yasmim estava mais debilitada. Não havia possibilidade das duas sobreviveram a cirurgia. Por isso, optamos por não as separar", explica.

Porém, para Yara e Yasmin, mesmo que a cirurgia de separação fosse possível atualmente, elas não se separariam. As irmãs pretendem ficar unidas por muito tempo.

"Somos felizes assim, sendo unidas. Se Deus nos criou assim, é para sermos assim. Até quando Deus quiser", afirmam.

Jéssica conta que atualmente as meninas são saudáveis e fazem acompanhamento médico em São Roque.

Cada uma das irmãs possui o próprio estilo, e as roupas, que geralmente estão combinando, são feitas pela mãe, que utiliza uma máquina de costura.

"Eu faço as camisetas, porque as comuns de lojas não servem nelas. As peças na parte debaixo dão pra usar. Não sei costurar muito bem, mas eu tento fazer por elas", explica Jéssica.

Como cada perna é controlada por uma das meninas, andar se torna um trabalho em equipe. Mas, segundo Jéssica, as duas trabalham bem juntas e conseguem se locomover sozinhas. "Elas caminham sem ajuda, mas não vão para muito longe, pois os dois corpos são pesados e elas acabam cansando", diz.

Para facilitar a locomoção, uma clínica especialista em próteses ortopédicas de Sorocaba (SP) doou uma cadeira de rodas adaptada que também vai ajudar na correção postural e no conforto para as atividades do dia a dia.

"Essa cadeira vai ajudar muito elas na escola, pois na antiga elas ficavam em uma posição desconfortável. A clínica disse que vai doar um andador para elas também. Estamos muito agradecidos pela ajuda", afirma Jéssica.
A família também busca ajuda para comprar um carro adaptado, que facilitaria os passeios, idas aos médicos e à escola.


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