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Brasil tem 9,6 milhões de brasileiros que não sabem ler nem escrever, diz IBGE

 

País tinha, em 2022, taxa de analfabetismo de 5,6%, redução em relação a 2019, último ano da pesquisa, cuja taxa era 0,5 ponto percentual maior.

No mesmo patamar de analfabetismo desde 2018, Pernamnbuco contribui para o desempenho ruim do Nordeste Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil


Um símbolo dos problemas da educação brasileira, a taxa de analfabetismo manteve sua trajetória de queda no ano de 2022, mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação 2022, divulgado pelo IBGE. O país ainda tinha, em 2022, no entanto, 9,6 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade analfabetas, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 5,6%.

Em relação a 2019, último ano em que a pesquisa tinha sido feita, houve uma redução de 0,5 ponto percentual dessa taxa, o que corresponde a uma queda de 490 mil analfabetos em 2022. Apesar da redução, a taxa no Brasil ainda está muito acima do que prevê a meta do Plano Nacional da Educação (PNE), que é erradicar o analfabetismo no Brasil até o ano que vem.

“O analfabetismo é um indicador que vem em queda. Em 2016, início da série, estava em 6,7%. São sempre mudanças pequenas, não muito bruscas de um ano para o outro. Agora, em 2022, pela primeira vez o país tem uma taxa de analfabetismo inferior a 6%”, diz a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

A pesquisa não traz informações para os anos de 2020 e 2021 porque os dados não foram coletados nesses dois anos por causa da mudança do formato de coleta presencial para telefone pelo IBGE no período. O instituto concentrou a coleta da Pnad nos dados básicos de educação.

Os atrasos da educação brasileira do passado ficam claros quando se considera a taxa de analfabetismo para a população de 60 anos ou mais. Em 2022, eram 5,2 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, ou uma taxa de analfabetismo de 16,0% para esse grupo etário. Esses resultados indicam que as gerações mais novas têm maior acesso à educação e são alfabetizadas ainda enquanto crianças. Por outro lado, os analfabetos continuam concentrados entre os mais velhos.

No desdobramento dos indicadores para as grandes regiões, permanecem as tradicionais desigualdades que marcam o Brasil. O Nordeste é a única das cinco regiões em que a média do analfabetismo para a população de 15 anos ou mais ainda está em dois dígitos: era de 11,7% em 2022. Mesmo na região Norte, a taxa fica quase na metade deste nível, em 6,4%. A realidade é diferente do Centro-Oeste (4%), mas especialmente do Sul (3%) e do Sudeste (2,9%).

Outra forma de olhar a desigualdade é o fato de que, das 9,6 milhões de pessoas analfabetas no país com 15 anos ou mais, 59,4% (5,3 milhões) viviam no Nordeste e 54,1% (5,2 milhões) tinham 60 anos ou mais. Na análise por Estados, as três maiores taxas de analfabetismo estão no Piauí (14,8%), em Alagoas (14,4%) e na Paraíba (13,6%). Por outro lado, as menores foram observadas no Distrito Federal (1,9%), Rio de Janeiro (2,1%) e em São Paulo e Santa Catarina (ambos com 2,2%).

A desigualdade no analfabetismo também aparece quando são comparados os dados por raça. Entre as pessoas pretas ou pardas com 15 anos ou mais de idade, 7,4% eram analfabetas, mais que o dobro da taxa encontrada entre as pessoas brancas (3,4%). No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo dos brancos foi de 9,3%, enquanto entre pretos ou pardos ela chegava a 23,3%.

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