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Saúde - Câncer de mama também afeta os homens, apesar de ser raro

Doença costuma ser diagnosticada em estágio mais avançado nos pacientes do sexo masculino.


Os homens não têm as mamas desenvolvidas, mas têm tecido mamário, que é onde o câncer de mama pode se desenvolver Antonio Tanaka / stock.adobe.com


Os casos de câncer de mama em homens representam cerca de 1% do total, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A estimativa do órgão é de 66,2 mil novos registros da doença ao ano em pacientes de ambos os sexos. Apesar de ser mais comum em mulheres, o número de homens afetados passaria de 600 a cada ano. A maior preocupação dos especialistas é que, diferentemente do feminino, o câncer de mama masculino costuma ser diagnosticado em estágios mais avançados. 

Os homens não têm as mamas desenvolvidas, mas têm tecido mamário, que é onde o câncer de mama pode se desenvolver. Não se sabe qual a origem da doença no sexo masculino, e a genética pode ser um fator que contribui para o desenvolvimento do tumor.  

Em até 40% dos casos, o homem com câncer de mama tem os genes BRCA (genes supressores de tumores) mutados. Nas mulheres, o câncer de mama por BRCA mutados é em até 10% dos casos. Ainda, entre 30% e 40% dos casos da doença no sexo masculino, o paciente tem algum parente próximo diagnosticado — acrescenta o diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), José Luiz Pedrini. 

Não existe uma fórmula exata para prevenir o câncer de mama masculino. Pedrini ressalta que é importante os homens manterem uma rotina de exercícios físicos e uma dieta balanceada, sem consumo excessivo de álcool. Segundo ele, a bebida alcoólica pode alterar o sistema hormonal e, por sua vez, ser um fator de risco para o desenvolvimento da doença. 

Para as mulheres, a mamografia é uma forma de prevenção, uma vez que possibilita o diagnóstico precoce da doença. Para os homens, porém, não é uma opção. Tendo em vista que a doença é incomum, não é viável que todos os homens realizem exames de rastreamento anualmente, como fazem as mulheres. O recomendado, portanto, é que a população masculina esteja atenta aos sinais. 

Sintomas e diagnóstico 

Um nódulo endurecido na área da mama, principalmente atrás de um dos mamilos, é o principal sinal de alerta do câncer de mama masculino. Secreção pelo mamilo, irritação de pele na área e feridas em torno do mamilo também estão entre a lista de sintomas. O oncologista da Oncoclínicas do Rio Grande do Sul Pedro Liedke explica que o nódulo é indolor, mas que o paciente consegue sentir ao apalpar a área.  

Liedke conta que não é incomum que pacientes cheguem ao consultório com feridas na região, uma vez que o nódulo repuxa a pele. Ao perceber qualquer um dos sintomas, a orientação é buscar um médico para a realização de uma biópsia. Segundo o oncologista, após o paciente realizar uma ecografia para localizar o nódulo, uma agulha especial é utilizada para retirar uma parte do tecido, que, então é levado para a biópsia.  

Normalmente os homens são diagnosticados no estágio II ou III da doença. O mais avançado é o estágio IV, que é o da metástase. O homem não imagina que possa ter câncer de mama e não tem costume de procurar médicos. Sabemos, também, que o acesso à saúde complementar também é um fator importante — conta. A idade média de diagnóstico dos homens é 65 anos, alguns anos a mais que a idade média das mulheres. 

Tratamento e cura

A biópsia vai determinar se o tumor é benigno ou maligno. Se benigno, não há necessidade de tratamento. Se maligno, o médico e o paciente devem, então, planejar uma ação. As opções são as mesmas disponíveis para o tratamento de câncer de mama feminino: cirurgia, e tratamentos complementares, como quimioterapia, imunoterapia e hormonioterapia.  

Segundo Pedrini, em alguns casos, o médico optará por fazer a cirurgia e, depois, complementar com os outros tipos de tratamento. Em outros casos, o contrário. O que define a decisão é o tipo, estágio e tamanho do câncer. 

O tratamento cirúrgico prevê a retirada da mama para remoção do tumor. Se ficar deformidade, dá para fazer uma injeção de gordura no local. Se tiver que tirar a aureola e o mamilo, o paciente pode fazer uma tatuagem, caso queira. Ele vai poder andar sem camisa normal, sem aparentar diferença — ressalta. 

Através de medicamentos, a quimioterapia danifica células que se multiplicam com rapidez, impedindo que elas se espalhem pelo corpo. Segundo o Ministério da Saúde, a imunoterapia busca combater o avanço da doença pela ativação do sistema imunológico do paciente. Já a hormonioterapia bloqueia os hormônios receptores do câncer, inibindo o crescimento do tumor. 

A média da sobrevida, ou seja, da cura do câncer de mama masculino é de 51,7%. Enquanto isso, a do câncer de mama feminino é de 66,5%. Os homens escondem, chegam muito tarde no consultório — ressalta. Quando diagnosticado em estágios anteriores, as chances de cura são ainda maiores.  Com informações do GZH.

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